Você quer um avivamento?
Vaidade de vaidades é achar que participaremos ativamente de um avivamento isentos de crises e tempestades.
Pelo menos o nosso interior deve se encontrar tão quebrado, contrito, desesperado e vazio a ponto de Jesus encontrar um lugar livre pra descansar, repousar sua presença.
Lógico que isso difere da agitação da alma. Toda alma agitada tirará Jesus do Seu lugar de repouso, de descanso, para fazê-lo se manifestar por necessidades passageiras, geradas por medo e insegurança.
Contudo, as tempestades para os amigos mais chegados os levam a experimentar paz em meio a guerra, bonança em meio à tempestade, presença em meio a agitação.
Não o sacudiremos nem o acordaremos para resolver problemas.
O homem espiritual entende que a tempestade é a oportunidade de conhecer mais o Senhor que dorme diante das turbulências, pois Ele presente está; seja na morte ou no escape, tenho tudo.
A tempestade não é mais a cena principal, mas o pano de fundo que embeleza a intimidade. A chuva, os trovões e relâmpagos não serão mais o combate contra principados e potestades, mas a presença de Deus manifesta como no monte Sinai. A parte externa do barco Se encontra dentro do encarnado Jesus. O assustador tornou-se singelo e acessível.
A presença de Deus realmente nos fulmina e precisamos de um mediador, que agora não é Moisés, mas o Filho. Nele habita a plenitude da divindade. Enquanto nos aquietamos e desfrutamos do Deus homem todas as coisas cooperam para o bem daqueles que O amam.
A tempestade não é demônio ou batalha espiritual, não é a cara feia de Satã para assustar as criancinhas. A tempestade é Deus revelando o tabernáculo celestial na terra.
A cena principal agora é a admiração, adoração de homens vulneráveis em total entrega às realidades gloriosas num barco de pesca. O barco também é vulnerável, vaso de barro que se quebra fácil, mas cheio do mais puro tesouro que governa sobre tudo até mesmo sobre nossas crises e intempéries.
Que venham as tempestades!
Que venha o avivamento!
Aline Sodré
